quarta-feira, 22 de outubro de 2008

Video - Resumo da Guerra

Ai está um vídeo que eu achei bem interessante, de autoria do Luciano, que realmente eu não sei quem é o.0



Link do YouTube: http://br.youtube.com/watch?v=dMzUoUKNMpE

O Fim de Canudos


Um dia após a tomada de Canudos pelo exército, o corpo de Antônio Conselheiro foi encontrado. Ele havia morrido durante a guerra e estava enterrado em segredo para seu corpo não ser pego e decapitado, como acontecia normalmente para "dar o exemplo". Como o corpo foi encontrado, sua cabeça foi cortada com uma faca e levada para Salvador.
Canudos não existe mais, depois de ter sido destruída na guerra e sido queimada, o local foi alagado em 1968, pelas águas do Açude de Cocorobó. Existe uma cidade a 10 km da história Canudos que leva o mesmo nome. Lá existe um centro de convivência administrado pela irmã Cirila, que guarda objetos da antiga cidade. Na cidade também se encontra a cruz do Conselheiro.

segunda-feira, 20 de outubro de 2008

A Queda de Canudos


Com tudo isso acontecendo o final da guerra estava próximo e a vitória seria certamente do exército. Canudos foi cercada, bombardeada, massacrada e depois incendiada. Muitos dos conselheristas, seguidores de Antônio Conselheiro, foram degolados ou como era chamada essa pratica, sofreram das "gravatas vermelhas". Não houve contagem dos mortos durante as quatro batalhas que ocorreram, mas se estipula mais de 15000 mortos.
Em seu livro, Os Sertões, Euclides da Cunha descreve esse momento final da seguinte forma:
"Canudos não se rendeu. Exemplo único em toda a História, resistiu até o esgotamento completo. Expugnando palmo a palmo, na precisão integral do termo, caiu no dia 5, ao entardecer, quando caíram seus últimos defensores, que todos morreram. Eram quatro apenas: um velho, dois homens feitos e uma criança, na frente dos quais rugiam, raivosamente, cindo mil soldados.
Caiu o arraial a 5.No dia 6, acabaram de o destruir desmanchando-lhe as casas, 5 200, cuidadosamente contadas."

O Caminho da Vitória

Para a quarta expedição foram chamados inicialmente 5000 homens vindos desde o Rio Grande do Sul até o Amazonas. A tropa foi dividida em 2 frentes, a primeira iria para Monte Santo como as anteriores e a segunda para Aracaju, essa comandada por Cláudio Savaget, buscava o elemento surpresa. Até o marechal Carlos Machado Bittencourt, ministro da guerra foi para dar apoio moral para a tropa.
A primeira frente foi surpreendida em Morro da Favela e só se salvou pois conseguiu se juntar com a segunda frente. Dos 5000 soldados, 900 já estavam fora de combate, mortos ou feridos. Euclides da Cunha falou nesse momento que o exército parecia mais "uma aglomeração de fugitivos". Com a fome assombrando os soldados eles foram obrigados a fazerem grupos de caça que se arriscavam a sair de seus abrigos e serem pegos pelos sertanejos que defendiam Canudos.
As estratégias do marechal Bittencourt não eram grandes manobras de guerra ou um aumento brusco da tropa, mas sim uma reposição de soldados perdidos que iam cansando os sertanejos e assim a vitória começava a passar para o lado do exército.

quinta-feira, 16 de outubro de 2008

Quarta Expedição


Com o fracasso da terceira expedição, que alem da derrota também matou um grande cargo do exército, o Coronel Moreira César, uma quarta teria o seu começo, dessa vez muito maior, com mais equipamentos e melhor planejada para que Canudos tivesse o seu fim de uma vez por todos, ela prometia "acabar com os revoltosos do sertão que não aceitavam as maravilhas que o regime republicano prometia gerar".
O General Arthur Oscar de Andrade Guimarães foi o encarregado de comandar a tropa e ao aceitar a missão disse as seguintes palavras: "Todas as grandes ideias têm os seus mártires. Nós estamos voltados para o sacrifício de que não fugimos para legar à geração futura uma República honrada, firme e respeitada".

terça-feira, 14 de outubro de 2008

Mais um vitória para Canudos


Ele ordenou que seus homens atacassem após longo dia de marcha penosa, sem descanso. Obrigou-os a avançar até dentro do arraial, onde, além de impossibilitar o apoio da artilharia (que atingiria seus próprios homens se utilizada), travou-se luta corpo a corpo contra os homens do conselheiro, que levavam extrema vantagem por conhecerem os labirintos e as ruelas onde a batalha se travou. Moreira César ordenou um ataque de cavalaria em planície aberta, o que complicou ainda mais sua situação, porque a mesma se tornara um alvo fácil para os homens do Conselheiro, que se encontravam entrincheirados num reduto cheio de barreiras.Num gesto de agonia, Moreira César, talvez por perceber que a derrota estava próxima, abandonou seu posto de comando, endireitou seu cavalo na direção de Canudos e avançou, proferindo: "Vou dar brio àquela gente!". Tendo sido atingido no ventre por uma bala, vergou-se, largando as rédeas de seu cavalo, não mais conseguindo ir muito adiante. Morreu naquela mesma noite, cercado por seus subordinados, e assim a terceira expedição foi um fracasso.

Começo da Terceira Expedição


Apenas um homem seria capaz de acabar com essa situação: o veterano, coronel Moreira César, com seus 47 anos de idade, paulista de Pindamonhangaba, que comandaria um contingente de 1300 homens, formando, assim, a Terceira Expedição contra Canudos.Durante sua marcha, o maior medo do coronel Moreira César era que os conselheiristas abandonassem a cidade, o que o privaria, naturalmente, da inevitável glória de derrotá-los em combate. O precipitado otimismo do coronel e de seus subordinados aumentava, a medida em que se aproximavam da cidade.Moreira César ainda contava com um adversário tão difícil de vencer quanto o Conselheiro: a Epilepsia, e, além disso, era dono de um temperamento instável e impulsivo. Acabou por sofrer de dois ataques epilépticos sérios durante sua campanha em Canudos.

Segunda Expedição


Uma Segunda Expedição foi comandada pelo major Febrônio de Brito, e foi cinco vezes mais poderosa do que a primeira, com seus 550 homens. Estrategicamente, utilizou o Monte Santo como base de operações e ponto de partida da ofensiva militar. A segunda expedição permaneceu por quinze dias na cidade, antes de marchar contra Canudos. Então, tudo aconteceu muito rápido: ao se aproximar de Canudos, bastaram apenas dois longos dias para que a expedição, igualmente mal articulada, fosse posta a correr, depois de ter sido surpreendida pelo inimigo numa emboscada nos morros próximos do arraial dos rebeldes. Apartir disso,a Guerra de Canudos já adquirira projeção nacional, pois a humilhação imposta ao exército e à República era muito grande.

As Quatro Expedições Militares

A Primeira Expedição aconteceu no governo de Prudente de Moraes, em Novembro de 1896. Corriam rumores de que, por causa do atraso de um carregamento de madeira encomendada para a construção de uma nova igreja no arraial, os conselheiristas preparavam uma invasão da cidade.Assustada com o boato, a população pressionou o juiz local a notificar o fato ao governador do Estado, Luís Vianna, que resolveu enviar a Canudos uma expedição punitiva, composta por 104 homens, sob o comando do tenente Pires Ferreira. Este acontecimento representou o primeiro dos sucessivos vexames que foi imposto aos militares.Quando os soldados encontravam-se em Uauá, já nas proximidades de Canudos, sentiram a aproximação de estranho cortejo, composto de uma fila de pessoas que rezavam. Armados com facões, paus, trabucos, pedras e foices enfim, tudo o que as circunstâncias permitiam no momento, o grupo de pessoas compunha um batalhão do Conselheiro, prontos para lutar e morrer por sua fanática causa. Os conselheiristas, após quatro horas de intensa batalha, embora com muito mais perdas, puseram o inimigo a correr. Assim, tinha o término o episódio que ficou conhecido na História como a Primeira Expedição.

domingo, 12 de outubro de 2008

Arraial II


O exército que foi convocado para guerrear contra Canudos estimou em 25.000 a população, talvez até de uma forma exagerada para demonstrar que havia sido um grande feito a vitória, esqueciam eles que a quantidade de soldados era diversas vezes maiores, porem se isso fosse verdade, Canudos seria a segunda maior cidade da Bahia, perdendo para Salvador.
As batalhas que ocorriam entre a população de Canudos e o exército aconteciam na praça, perto da igreja nova, onde os sertanejos se escondiam para tentar o ataque, porem os inimigos usavam desde tiros de armar até canhões para destruir completamente tudo que viam pela frente.
Euclides da Cunha descreveu no seu livro "Os Sertões", que as casas dos sertanejos eram "monstruosas", escrevia com antipatia, mas não percebeu que ali era um lugar de pessoas que não tinham muitas condições para viver com dignidade e viviam em casas para eles comuns.

Arraial


Depois de muito andar, Antônio Conselheiro decidiu parar no meio do sertão e formar sua própria cidade, juntando os mais necessitados e junto com eles erguer uma cidade que não precisasse da ajuda do governo para se manter, já que Conselheiro era contra a Republica que acabava de se estabelecer.
A cidade crescia rapidamente, todos os dias mais famílias chegavam para tentar a vida naquela cidade que era vista como uma esperança para muitos, já que o sertão havia sido esquecido pelo governo. Cada família que chegava construía uma pequena casinha de taipa, é feita apenas de barro, galhos fortes de árvores, folhas de palmeira, e cipó. Todas as casas ficavam ao redor da praça, que alem das casas ainda ficavam a igreja velha e a igreja nova, que não foi terminada.

sexta-feira, 10 de outubro de 2008

Conselheiro



Bem, ai esta um trecho que achei muito interessante falando um pouco de porque Antônio Conselheiro decidiu ajudar os mais pobres.

Luís Koshiba e Denise M. F.Pereira, no seu livro “História do Brasil”, página 226-227: "A origem dos beatos encontra-se nas atividades ligadas ao Padre José Maria Ibiapina, que seguindo a orientação do catolicismo de seu tempo, procura melhor comunicação entre clero e fiéis. Ao Padre Ibiapina deve-se a criação de inúmeras ‘casas de caridade’ mescla de orfanato e escola que se multiplicaram a partir da segunda metade do século XIX.
Essas ‘casas de caridade’ eram administradas por ordens leigas, não oficiais, isto é, não reconhecidas pela Igreja, mas toleradas por ela.
É em função dessas ‘casas’ que irão se multiplicar estas ordens de beatos, que eram expressão concreta da intensificação da religiosidade no sertão nordestino.
Dentro desse quadro que começa então a aumentar o prestígio de Antônio Conselheiro que, por isso mesmo, passa a ser perseguido sistematicamente pela Igreja. Já com inúmeros seguidores, logo após a proclamação da República, Antônio Conselheiro se estabelece no sertão baiano, na localidade denominada Arraial de Canudos, à margem do rio Vaza-Barris.
Formam ali uma comunidade de beatos, que em virtudes das crescentes pressões religiosas e civis, decidem romper com o mundo circundante, organizando-se assim uma comunidade consciente de suas particularidades. (...)
"

quinta-feira, 9 de outubro de 2008

A Contrução


A cidade de Canudos foi levantada em 1893, perto do rio Vaza-Barris. Chamava-se Belo Monte, mas passou para a historia como Canudos, nome dado pelos inimigos, referindo-se aos bambus que ali cresciam, como canudos, e, aos mesmo tempo negando-lhe o carisma de seu verdadeiro nome.
A situação na região, à época, era muito precária devido às secas, à fome, à pobreza e à violência social. Esse quadro, somado à elevada religiosidade dos sertanejos, deflagrou uma série de distúrbios sociais, os quais, diante da incapacidade dos poderes constituídos em debelá-los, conduziram a um conflito de maiores proporções.

segunda-feira, 6 de outubro de 2008

O Ínicio


Bem, por aqui começa o nosso blog e também nossa história, que fala sobre a Guerra de Canudos que ocorreu entre 1896 e 1897. Porém começamos antes disto, em 1893 quando a cidade de Belo Monte (Canudos para os inimigos) teve sua "fundação", no interior do sertão, na Bahia.
A cidade foi criada com a intenção de dar aos pobres que viviam no sertão condições melhores do que as que eles passavam, a fome e a seca eram os piores problemas para a população local.
Antônio Vicente Mendes Maciel, o "Conselheiro" teve uma grande participação, sendo definido com o líder da cidade de Canudos, ele acreditava que o fim estava próximo e que ele havia sido enviado por Deus para salvar as pessoas.
Por Antônio Conselheiro ter sido católico e ter envolvimento profundo com os fatos, a Guerra de Canudos é reconhecido como um movimento messiânico.

Por enquanto é isso, até a próxima.